segunda-feira, 29 de junho de 2015

Por favor, leiam.


Olá, anjos, como estão? Faz tempo que não escrevo. Depois que ouvi que eu falava que estava triste pra chamar atenção meus meios de me expressar se fecharam de certo modo. Mas eu vim aqui porque não sei quanto tempo mais vou estar por perto, digo viva, talvez eu finalmente tome coragem mais uma vez e consiga acabar com tudo. Então existem algumas coisas que eu quero que saibam.

Meus são considerados egoístas por muitos e eu talvez seja chamada de covarde e etc, mas isso não muda o que eu sinto. Todos os dias sinto esse desespero que queima em dor alucinante cortando meu peito e fazendo com que respirar se torne uma tortura. Meus pais já estão muito feridos, minha mãe não me suporta mais. Eles dão seu melhor por mim, mas eu não sou o melhor pra eles. Aceito minha culpa e tenho que pagar por isso, pagar pelo mal que fiz a eles durante esses anos. Uma última vez irei machucá-los e em meses ou menos a ferida irá sarar.

Não sinto liberdade, me sinto presa a uma gaiola da qual não consigo me libertar. Nada mais faz sentido, exceto findar minha vida. Todos os dias minha mente me atormenta com lembranças que eu desejava não ter. Memórias sobre humilhações, bullying, abandono...Tudo aquilo que eu desejava esquecer. Meus pscicólogos e todos dizem que só depende de mim e que agora só eu posso me ajudar. Não há mais jeito, porque eu realmente não consigo fazer muito por mim. O que eu tinha de mais precioso era a minha relação com minha mãe, mas isso se quebrou, e agora, me sinto sozinha quase o tempo todo.

Quanto a vocês, tenho alguns pedidos a fazer: não desistam, eu sei que há guerreiros mais fortes que eu aqui. Não acreditem nas mentiras que te contam, se o fizer um dia você não poderá mais se livrar delas. Não se machuquem, vocês são perfeitos. Sigam em frente, vocês são lindos e eu queria abraçar cada um de vocês. Obrigada por tudo, não sei como vou ficar, mas eu precisava falar isso pra vocês.

Gratidão eterna,

Caroline (Purple Butterfly).

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"As vezes dá preguiça, na areia movediça. Quanto mais eu mexo mais afundo em mim."
Danni Carlos